terça-feira, 9 de junho de 2015

Cientistas desenvolvem técnica para apagar a memória de humanos




Cientistas acabaram de descobrir uma maneira de apagar memórias ruins usando – você adivinhou – terapia de eletrochoque. Prepare-se para o esquecimento sob demanda: agora isto é uma coisa real.

Uma equipe de neurocientistas holandeses concebeu recentemente uma eletroconvulsoterapia (ECT) para “alvejar e despedaçar a memória de um episódio perturbador dos pacientes”.

Os pacientes foram apresentados a duas narrativas traumáticas em uma apresentação de slides e, em seguida, submetidos à nova técnica. A equipe mais tarde levou os pacientes a lembrarem de apenas uma das histórias, ao repetir parte da apresentação de slides. Imediatamente depois, quando imagina-se que a memória reativada esteja vulnerável, os pacientes receberam a terapia de eletrochoque.

Um dia depois, quando fizeram um teste de memória de múltipla escolha, os pacientes foram significativamente piores em lembrar detalhes da história reativada, mostrando resultados próximos do acaso. A memória dos pacientes da outra história, no entanto, permaneceu praticamente incólume.

O teste foi realizado em 42 pacientes com depressão grave, então há uma chance de que poderia funcionar de forma diferente em pacientes normais. Também é importante ressaltar que a ECT não é divertida. Ela induz convulsões e, é claro, há a consequência dos médicos estarem alterando os cérebros dos pacientes com eletricidade.

Uma descoberta como esta é importante, apesar de tudo. Durante anos, os cientistas têm dito que estamos à beira de desenvolver uma maneira de apagar memórias, e no ano passado, eles de fato apagaram com sucesso as memórias de ratos adormecidos. Em seguida, poucos meses atrás, eles conseguiram identificar o gene que nos ajuda a esquecer. Porém, um método tão direto para apagar memórias particulares tinha se mostrado ilusório, até agora.
Como é frequentemente o caso com uma pesquisa inovadora, o próximo passo é mais pesquisa. Mas os cientistas têm esperança de que avanços como estes irão levar a melhorias no tratamento de doenças como depressão grave e transtorno de estresse pós-traumático. Afinal, às vezes, a ignorância é realmente uma benção.



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