Uma
pesquisa brasileira mostrou que a população não conhece os sintomas dos
acidentes vasculares cerebrais.
Vamos lembrar os sinais de
alerta da ocorrência desse grave problema neurológico.
Os acidentes vasculares cerebrais ou derrames, como
são conhecidos pelos leigos, podem ser de dois tipos: isquêmicos, quando
falta sangue ao cérebro, ou hemorrágicos, quando acontece um
sangramento dentro do cérebro.
Nos acidentes hemorrágicos, um vaso sanguíneo,
artéria ou veia se rompe e o sangue se espalha. Um bom exemplo de como
isso pode ocorrer é a ruptura de um aneurisma.
Já os acidentes isquêmicos acontecem quando uma artéria fica obstruída, impedindo o fluxo de sangue normal para as células do cérebro. Dependendo da localização da artéria obstruída uma área maior ou menor do cérebro ficará sem receber oxigênio e nutrientes.
Como reconhecer um AVC Já os acidentes isquêmicos acontecem quando uma artéria fica obstruída, impedindo o fluxo de sangue normal para as células do cérebro. Dependendo da localização da artéria obstruída uma área maior ou menor do cérebro ficará sem receber oxigênio e nutrientes.
Os acidentes vasculares cerebrais são emergências
médicas, e o tempo é o fator crucial para permitir um atendimento
adequado e melhores chances de recuperação, além de menos seqüelas
posteriores.
Portanto, é importante lembrar que qualquer pessoa
que apresente uma alteração, que possa significar uma mudança do
funcionamento cerebral, deve ser levada a um serviço de emergência para
avaliação.
Quais os sinais que devem ser observados?– Perda súbita da força ou dos movimentos em um dos membros ou face, geralmente atingindo um dos lados do corpo.
– Perda da visão de um dos olhos de forma súbita.
– Dificuldade de equilíbrio do corpo para caminhar ou mesmo se manter de pé.
– Dor de cabeça súbita e muito intensa inesperada.
Uma observação importante: todos esses sinais podem
ocorrer de forma fugaz com recuperação espontânea, mas mesmo assim a
avaliação especializada é indispensável.
A prevenção, como sempre, é a melhor opção. Para
isso, é preciso conhecer os principais fatores de risco para a
ocorrência de um AVC.
A hipertensão arterial é a principal causa associada
aos derrames. Os hipertensos, se não tratados adequadamente, têm de
quatro a seis vezes mais chances de sofrer um AVC.
Estudos científicos mostram que, apesar do
diagnóstico de hipertensão ser feito com freqüência, o tratamento não é
seguido na maioria dos casos.
Além da hipertensão, outros fatores contribuem para
tornar o Acidente Vascular Cerebral uma epidemia real em nossa
sociedade. A fibrilação atrial, uma alteração do ritmo do coração,
aumenta o risco de derrames. O diabetes e o tabagismo também são vilões
para a ocorrência de um AVC.
As opções de tratamento
O cérebro humano, quando atingido por um acidente
vascular, pode ser salvo se receber tratamento adequado e em tempo. Os
acidentes isquêmicos são os mais freqüentes, respondendo por mais de 85%
dos “derrames” — aqueles causados quando uma artéria fica obstruída por
um coágulo, impedindo o sangue de alimentar as células.
Existe um tratamento para desobstruir as artérias:
trata-se da injeção de uma substância capaz de dissolver esses coágulos
-– os trombolíticos. Ela atua sobre o coágulo e pode restaurar o fluxo
natural de sangue. Infelizmente, poucos pacientes recebem esse
tratamento.
Mesmo nos Estados Unidos, segundo um trabalho
realizado pela Cleveland Clinic de Ohio, somente 2% das vítimas de
acidentes vasculares cerebrais recebem o tratamento com trombolíticos.
A principal causa para essa pequena utilização está
no fato de que o tratamento só é efetivo se for administrado nas
primeiras três horas após o início dos sintomas. Além dessa razão,
existem contra-indicações ao método que devem ser respeitadas pela
equipe que está atendendo à vítima do derrame.
Um paciente tratado a tempo pode ficar sem déficits neurológicos ou ter as conseqüências do problema bastante diminuídas.
O que deve ser feito
É muito importante prevenir a ocorrência dos AVC’s,
através do controle dos fatores de risco. Além disso, é fundamental que a
população reconheça os sintomas dos derrames a tempo e que o tratamento
esteja disponível para todos que precisarem.
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