Por: Roberto Romanelli Maia
Qual
 o papel da amizade, da dignidade, do caráter, da lealdade e da 
autenticidade, na atual civilização humana e nas relações interpessoais?
São
 os livros, os jornais, o cinema, a televisão e a net que, sem nenhuma 
dúvida, incentivam, vendem e preconizam o uso da falsidade, da omissão, 
da covardia, do ficar e estar em cima do muro, ao invés de mostrarem a 
importância da lealdade, e da luta justa pela verdade dos fatos e pela 
justiça.
Como
 entender que a maioria se omita ou que seja indiferente a tudo o que 
acontece a sua volta, quando se trata de algo que possa dar trabalho, 
criar problemas ou dificuldades, ou significar a defesa de quem é 
indefeso e não conta, quase sempre, com nenhum apoio nem nenhuma ajuda?
Sim,
 vivemos num mundo onde muitos preferem viver repetindo frases feitas 
como estas: não me meto no que não me afeta; não me meto no que não me 
interessa; não me meto nos problemas alheios; não me meto em coisas que 
não me atingem, etc.
Mas
 quase ninguém se pergunta: terá nossa civilização nascido e se 
desenvolvido para que cada um pensasse apenas em si mesmo ou nos poucos 
que estão ao seu lado e que pertencem ao seu círculo familiar ou de 
amigos?
É a pergunta que não quer calar e que deveria merecer de todos a mais profunda reflexão.
A realidade é que não vivemos isolados, nem em ilhas, sozinhos.
O
 homem é essencialmente um ser comunitário, que necessita da companhia 
de outros para uma vida sadia e para que a sobrevivência da espécie 
possa ter a sua continuidade natural.
E
 que por pior que seja a família, a sociedade, a comunidade e o mundo 
onde vivemos, viver dentro delas sempre melhor que viver cercado por uma
 permanente solidão.
Sim, nenhum ser humano se completa em si mesmo, nem se basta, e nem prescinde do outro para viver.
E
 se em alguns momentos necessitamos de algum tipo de solidão e de 
afastamento de uma maior convivência social, familiar ou comunitária, 
estes momentos serão exceção e nunca a regra, para a grande maioria de 
nós.
Cabe,
 portanto, uma reflexão mais séria e necessária, para entendermos que a 
omissão, a passividade ou a indiferença, ao que se passa com os outros a
 nossa volta, está longe de ser uma solução para nossos próprios 
problemas, ou para nossa vida como um todo.
E
 essa é uma forma de pensar e de agir, que traz somente conseqüências 
negativas futuras, que podem comprometer o equilíbrio e a harmonia, tão 
imprescindível no âmbito familiar e naquele, social.
Sim, ser solidário e justo não é um favor, mas uma obrigação para consigo mesmo e para com os outros!
E
 ser partícipe dos problemas e das dificuldades que a família, a 
sociedade, a comunidade e o mundo passam, como nunca na história humana,
 não são favores que se fazem e sim necessidades básicas e fundamentais,
 pessoais e da coletividade, para que esse mundo não se destrua e com 
ele, o ser humano não desapareça, como se nunca tivesse existido.
 

 
faleceu em 09/04/2016 o amado poeta romanelli, em s paulo, deixando um rastro no céu e mais uma estrela no firmamento.
ResponderExcluirfaleceu em 09/04/2016 o amado poeta romanelli, em s paulo, deixando um rastro no céu e mais uma estrela no firmamento.
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